Nessa terça-feira (02/04), ocorreram as rodadas de negócios da 15ª edição do Exporta Mais Brasil, que podem gerar até US$ 7,1 milhões nos próximos 12 meses. Em São Luís (MA), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), promoveu negócios entre compradores de cinco diferentes países e empresas brasileiras do setor de couro e peles. O segundo dia do Exporta Mais Brasil – São Luís contou ainda com seminário sobre as tendências do comércio exterior e do design do setor.
“O Exporta Mais Brasil é um programa criado para aproximar todas as regiões do comércio exterior, diversificando as origens das exportações brasileiras. O jeito de fazer isso é simples e eficaz: um diálogo franco e direto entre quem compra e quem vende, e, nessa edição, conseguimos aproximar o setor coureiro do país de novos mercados”, comentou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
Desenvolver novos espaços para a produção e exportação de couro do Brasil é um objetivo do Brazilian Leather, projeto da ApexBrasil em conjunto com o CICB, e uma pauta convergente com o propósito do Programa Exporta Mais Brasil. Para o presidente executivo do Centro, José Fernando Bello, “em São Luís, tivemos a oportunidade de estabelecer novos contatos, integrar ainda mais a cultura empreendedora com a tecnologia e a vocação exportadora do Estado junto ao nosso trabalho. O Exporta Mais Brasil é um programa de muito êxito, que vai trazer resultados para o Brazilian Leather e as empresas curtidoras nacionais”.
Rodadas de negócios
As Rodadas de Negócios colocaram, frente a frente, compradores dos Estados Unidos, África do Sul, China, Colômbia e Equador com empreendedores brasileiros. "É uma experiência extraordinária conhecer novos fornecedores do Brasil trazidos pela ApexBrasil. Esperamos bons resultados", disse Craig van Heerden, diretor da HideSkin, da África do Sul, importador que compra aproximadamente 650 peles e couro bovino por mês e precisa aumentar o volume.
Christian Orbe, gerente da Bunky, do Equador, fábrica de calçados com 800 distribuidores para cobertura nacional, era um dos mais empolgados. "É uma iniciativa linda da ApexBrasil e estamos abraçando as novas oportunidades, desejando fazer novos negócios", disse.
Uma das empresas nacionais participantes foi a Casa da Sela. Igor Santiago, diretor da empresa, começou sua trajetória em busca do mercado internacional com o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), iniciativa da ApexBrasil, e nessa edição do Exporta Mais participou, pela primeira vez, de uma rodada de negócios internacionais. “Nossa empresa é de Governador Edison Lobão, o polo industrial do couro aqui no Maranhão, e a experiência de conversar com compradores de países como África do Sul, Colômbia e China e o networking que tivemos aqui foi muito importante para nós, e ainda temos a expectativa de fechar negócio”, contou o empreendedor.
A Curtidora Ribeirãozinho, também de Governador Edison Lobão, foi outra participante e, nas rodadas, estabeleceu diálogos para futuros contratos com todos os compradores. "Estamos muito satisfeitos e esperançosos por fechamento de negócios", disse Marcio Rogério Caliman, representante da empresa.
Camila Belo, coordenadora do Centro Internacional de Negócios da FIEMA, explicou que o CIN e a ApexBrasil trabalham juntos para impulsionar as exportações dos produtos maranhenses. “A ApexBrasil procurou o Centro Internacional de Negócios da FIEMA para que pudesse sediar a 15ª edição do Exporta Mais Brasil, e foi muito satisfatório ver empresas não só do Maranhão, mas de todo o país fazendo negócios aqui”, disse.
Tendências do couro brasileiro
A rodada do Exporta Mais Brasil no Maranhão teve ainda na programação um seminário focado no mercado, tendências e projeções para o setor de couro. Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB, fez uma apresentação compartilhando dados, números e um panorama sobre a indústria de couro e seus canais de vendas. Na mesma oportunidade, o designer e especialista em processo criativo Marnei Carminatti falou das tendências do setor. Após a rodada, Marnei, que é gestor e coordenador do projeto Preview do Couro do Brazilian Leather, comentou: "A sustentabilidade é algo fundamental no pensamento e desenvolvimento do couro brasileiro. Não apenas as certificações e a rastreabilidade, mas principalmente beneficiar espaços e comunidades onde esse couro é desenvolvido, produzindo matéria-prima que possa ser exportada para beneficiar também essas localidades e essas pessoas", reforçou.
São fatos que refletem o engajamento dos mais de 200 curtumes estabelecidos no país e reafirmam o caráter sustentável do couro, que, não raro, sofre com desinformação geral sobre suas características. O setor de couro e peles é, por sua natureza, um segmento ligado à economia circular: tendo o couro conexão com a indústria da carne e do leite, as empresas de curtume beneficiam, agregam valor e dão novo sentido a este material. Nenhum bovino é criado exclusivamente para o fornecimento de sua pele: a carne é sempre o principal objetivo dos criadores.
"A pele é transformada em couro, que dá origem a produtos que perduram por gerações, calçando, protegendo e vestindo pessoas, ou criando móveis e artefatos que facilitam as atividades e oferecem conforto", reforçou o presidente executivo do CICB. Busca-se valorizar o couro por seus atributos de qualidade, durabilidade, beleza e seu caráter orgânico.
A indústria do couro no país é estruturada por séculos de atividade. Com pesquisa, conhecimento e tecnologia, o couro do Brasil atingiu índices notáveis em controles e certificações: trata-se do país com o maior número de selos de sustentabilidade do mundo, tendo, inclusive, um específico do território nacional, a Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB). Com essa dedicação, alcançou a excelência em indicadores como os que seguem: 94,4% dos curtumes do país fazem o controle diário de efluentes líquidos, 100% das empresas têm profissional específico para lidar com questões ambientais na organização (ou profissional específico e consultoria externa), 100% possuem coleta seletiva de resíduos sólidos e 88,9% têm controle sobre o volume diário de água consumida.
Sobre o Exporta Mais Brasil
Com o slogan “Rodando o país para as nossas empresas ganharem o mundo”, o Exporta Mais Brasil foi criado pela ApexBrasil com o objetivo de potencializar as exportações do país a partir de uma aproximação ativa com diferentes setores da economia de todas as regiões do Brasil. Por meio do programa, empresas brasileiras têm a oportunidade de se reunir com compradores internacionais que vêm ao país em busca de produtos e serviços ligados a setores específicos. Em 2023, com investimento de R$ 5 milhões, o Exporta Mais Brasil completou 13 rodadas em 13 estados brasileiros, dedicadas a 13 diferentes setores produtivos. O programa movimentou, ao todo, R$ 275 milhões em negócios e promoveu 3.496 reuniões de negócios entre 143 compradores internacionais de 41 países e 487 empresas brasileiras. Em 2024, mais 14 estados brasileiros serão visitados pelo programa que contemplará mais 14 setores produtivos.
A próxima rodada do programa será em Maceió (AL), de 10 a 13 de abril, dedicada ao setor de alimentos e bebidas saudáveis. Saiba mais em Exporta Mais Brasil clicando aqui.
Sobre a ApexBrasil
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
Sobre o Brazilian Leather - Projeto setorial de internacionalização do couro brasileiro, o Brazilian Leather é conduzido pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Várias são as estratégias de consolidação do produto nacional em mercados estrangeiros - incentivo à participação de curtumes nas principais feiras mundiais ligadas ao ramo e missões empresariais focadas ao estreitamento de relações entre fornecedores brasileiros e compradores de outros países são algumas delas. Mais informações em www.brazilianleather.com.br
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