Apex-Brasil renova parceria com CICB e outros seis setores da economia

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vai injetar R$ 44,8 milhões para a promoção internacional de produtos e serviços de sete setores da economia brasileira: implementos rodoviários, energia, engenharia, laticínios, couros, componentes para calçados e defesa. Os convênios serão assinados em cerimônia a ser realizada no dia 15 de abril, sexta-feira, em São Paulo. O investimento total, somando a participação das entidades representativas dos setores alcança R$ 69,9 milhões. Além do presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, o evento terá a presença dos presidentes das entidades parceiras e empresários dos setores contemplados.

Dos sete projetos, três serão renovados e terão duração de dois anos. Os outros quatro são novas parcerias firmadas pela Agência com foco na ampliação da base exportadora do país. Entre as parcerias a serem renovadas estão aquelas com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), que, juntas, exportaram US$ 6 bilhões em 2015. Entre os novos setores estão a Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee) e a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). A expectativa é que, juntos, os novos setores exportem cerca de US$ 410 milhões.

O projeto setorial Brazilian Leather existe desde 2000 e trata-se de um dos grandes responsáveis pelo aumento exponencial das exportações de couro do Brasil na última década e meia, tanto em números quanto em valor agregado. Desde o início do convênio entre CICB e Apex-Brasil, as vendas do couro nacional ao mercado externo passaram de US$ 760 milhões (2000) para US$ 2,3 bilhões (2015), representando um aumento de mais de 200%. Neste período, os curtumes brasileiros também inverteram o tipo de produto exportado: se antes o país vendia prioritariamente couros em estágios iniciais de curtimento (com menos valor agregado), hoje comercializa cerca de 60% de seus artigos na forma acabada, com design e reconhecimento de todo mercado mundial. “As iniciativas de qualificação profissional, promoção comercial e promoção de imagem, além das ações ligadas ao design e à sustentabilidade na produção, tiveram papel determinante em posicionar o Brasil como um dos protagonistas do cenário mundial de couros”, destaca o presidente executivo do CICB, José Fernando Bello.

A renovação do convênio deve agora ampliar valores e destinos para exportação, atendendo a cerca de 90 empresas nacionais. Projetos como o Design na Pele (para a aculturação do design dentro da produção de couros), a Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB), a participação em grandes feiras e missões empresariais, além das estratégias de comunicação e marketing em curso no Brazilian Leather devem dar suporte a essas metas.