Durlicouros completa 60 anos de história

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Empresa associada ao Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, Durlicouros completa 60 anos de história no mês de outubro. A organização, que teve início em Erechim (RS), em 1960, com um trabalho exclusivamente artesanal, atualmente tem uma capacidade de produção de 20 mil peles por dia (couros wet blue e semiacabados) e empregando 1,5 mil pessoas.

Durlicouros foi fundada pelos irmãos Jandyr Sady Durli, Olímpio Durli e Egídio Durli. Até a década de 90, a operação do curtume se concentrou em Erechim. Em 2000, a capital mato-grossense, Cuiabá, recebeu a primeira filial da empresa, seguida das cidades de Xinguara (Pará, 2004), Wanderlandia (Tocantins, 2009), Presidente Médici (Rondônia, 2013/joint venture) e São José dos Pinhais no (Paraná, 2011). Em 2018, Durlicouros instalou uma moderna planta no Paraguai. Atualmente, uma unidade está sendo construída em Santa Terezinha, na Bahia. A diversificação dos negócios da empresa teve início em 2013, com investimentos em lavoura, criação de gado, o setor de graxarias e frigoríficos.

O CICB parabeniza Durlicouros por sua história de tanto trabalho e êxito para o desenvolvimento da indústria do couro do Brasil. Sua trajetória de dedicação, empreendedorismo e crescimento é uma força muito expressiva do setor curtidor brasileiro.   

Veja: vídeo comemorativo da empresa em: https://vimeo.com/466470843/f2d0776ac2 


Para ler a história de Durlicouros na íntegra, com detalhes de sua fundação, gestores, direcionamento e valores, veja a seguir texto completo enviado pela empresa: 


"Muitos têm uma história para contar. E o nosso couro, conta a nossa história. Uma história de família, de trabalho e de paixão pelo couro.

Em 1960, nasceu a Durlicouros na cidade de Erechim/RS, pelas mãos habilidosas dos irmãos Jandyr Sady Durli, Olímpio Durli e Egídio Durli, cuja contribuição durou cerca de trinta anos.

O sonho modesto que teve início de maneira bastante artesanal, foi curtido em tanques debaixo da sombra de um taquaral. Sonho que foi costurado sob a luz escassa de um porão, na chapa de uma máquina Patente Elástica comprada com dinheiro emprestado. Sonho que foi carregado com muito trabalho na carroceria de uma charrete.


Um sonho que mesmo diante de tantos desafios, viu no espírito empreendedor e na coragem de seus idealizadores, a base forte e resistente para a história de expansão e crescimento que a Durlicouros tem promovido ao longo destes 60 anos.

O início das atividades se deu basicamente com produtos de selaria e sapataria que eram vendidos em Erechim, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. Os irmãos saíam para mascatear - termo que se dava a esta atividade de vendas naquela época -, lotados de chinelos, botas, cintos e artigos de selaria, e voltavam abarrotados de couro salgado para curtir.

Poucos eram os recursos, mas, grande era a vontade. Assim, da precariedade do porão passaram para o modesto barracão de madeira. E, em 1.974, já promoveram a primeira expansão e construíram um barracão de alvenaria que media 3 mil m2, uma imensidão para os padrões tímidos daquela época. Um pavilhão que em suas bases teve, de novo, as mãos de seus fundadores nas escavações e na construção, pois eles, literalmente, ajudaram a erguer os seus alicerces. Em 1976, a Durli adquiriu novos maquinários e deu início à produção dos couros Semi-Acabado e Acabado, que, nos anos seguintes já eram vendidos para as fábricas de Novo Hamburgo e Farroupilha. Neste período, o Brasil entrava na era da exportação de calçados e o Vale dos Sinos no RIo Grande do Sul, começava a se despontar. A partir daí, os curtumes começaram a se dividir em Wet Blue e seções de Acabamento.

Pioneira, inclusive nos cuidados com o meio ambiente, e trabalhando com um couro de primeira linha que permitiu um produto final de alta qualidade, a Durlicouros logo viraria referência nacional em couro Wet-blue. E já no início dos anos 80, iniciou a exportação de raspas e peles para a Ásia e Europa.

O tempo passou. A empresa cresceu e os filhos também. Com o ingresso de Volnei Roberto Durli e Evandro Luís Durli, um novo ritmo foi imposto ao negócio. Em 1.998, como símbolo do empreendedorismo tão marcante na história da família Durli, foi inaugurado um moderno edifício de 12 andares, o Durli Business Center, no centro de Erechim. 

Os anos 90 foram determinantes para o futuro da Durlicouros e era chegada a hora de ultrapassar as fronteiras do Rio Grande do Sul e lançar-se à expansão interestadual rumo ao centro-oeste do país para onde os frigoríficos estavam se deslocando.

Assim, em 2000, a capital mato-grossense, Cuiabá, recebeu a primeira filial da Durlicouros, seguida das cidades de Xinguara no Pará (2004), Wanderlandia no Tocantins (2009), Presidente Médici* em Rondônia (2013/*joint venture) e São José dos Pinhais no Paraná (2011). Em 2018 foi a vez das fronteiras do Brasil serem ultrapassadas e a Durlicouros iniciou suas atividades internacionais com uma moderna planta no Paraguai. Atualmente, a sétima unidade está sendo construída em Santa Terezinha, na Bahia. 

Mas, em 2012, a Durlicouros enfrentou uma grande perda que foi o falecimento de um de seus idealizadores - Olimpio Durli (1941-2012), cuja garra e ideais mantêm-se presentes na missão da empresa - evoluir, crescer e seguir em frente produzindo couro de alta qualidade com respeito às mais exigentes normas ambientais do mundo. 'Vamos fazer que vai dar certo. Vamos acreditar', assim dizia ele, sempre imprimindo sua visão otimista aos projetos e ações e nunca se intimidando com os desafios da jornada.

Em 2013, a Durlicouros também iniciou seu processo de diversificação e promoveu investimentos em outras áreas relacionadas ao agronegócio. Hoje esta diversificação engloba além de lavoura e criação de gado, o setor de graxarias e frigoríficos. 'Hoje estamos presentes também no agronegócio desbravando esse Brasil e chegamos para ficar', frisou Volnei Durli para quem trabalhar com couro, além da satisfação pessoal e a possibilidade de contribuir com a sociedade e o crescimento do país, representa seguir os passos que aprendeu com seu pai. 'Tivemos uma escola de vida com meu pai, Olímpio, que apesar da pouca formação tinha vocação nata para os negócios. Para ele não importava a cifra: se 10, 1.000 ou 1 milhão, para ele o prazer estava na negociação. E ele vibrava a cada uma delas com a mesma emoção'.

Nossa equipe é nosso ativo mais forte. Com uma história consolidada, parcerias construídas, plantas modernas e ambientalmente certificadas cuja capacidade de produção atual está estimada em 20.000 peles/dia de wet blue e semi, mais de 1.500 funcionários, investimentos constantes em qualificação, pesquisa e inovação, a Durlicouros vem contribuindo de forma significativa para a elevação do patamar da indústria brasileira de curtumes, levando sua tradição na qualidade no couro que exporta para o mundo todo.


A unidade de São José dos Pinhais (PR) é a matriz desde 2011


Valorizando as comunidades nas quais está inserida, respeitando sua nobre tradição artesanal, misturando receitas antigas à mais alta tecnologia, a Durlicouros chega renovada aos seus 60 anos e segue avançando para os novos desafios que o futuro lhe reserva. Um futuro em que, segundo a visão de Evandro Durli 'a sociedade será cada vez mais exigente quanto à sustentabilidade dos produtos que consome e, neste contexto, o couro é o material do futuro, pois além de nobre, o couro é natural, resistente e se contrapõe ao descartável'.

Conforme palavras de Jandyr Durli, hoje com 83 anos de idade: 'Começamos de forma artesanal, uma história de trabalho árduo, mas feita com seriedade, determinação e muita coragem. Chegar aos 60 anos é um grande privilégio que nos enche de orgulho e emoção pela trajetória honesta que construímos. Este é o legado que deixarei para os meus netos' ".