Exportações de couros: veja o resultado de julho

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Dois movimentos contrários dão o tom das exportações de couros e peles do Brasil em seu balanço do ano. Se, por um lado, há crescimento de área comercializada junto ao mercado externo, mantendo plantas em atividade integral no país, por outro, o resultado em dólares mostra queda em função da taxa cambial, com dificuldades no fechamento de novos negócios. Em julho, foram exportados 14,865 milhões de metros quadrados (alta de 4,3% sobre julho do ano passado), somando um total de US$ 159,2 milhões (queda de 13,5% ante o mesmo mês de 2015). Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, com apuração do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

No balanço do ano, este desequilíbrio se mantém: de janeiro a julho, a área exportada cresceu 9% e os valores decresceram 15,6%.  A variação da taxa cambial dos últimos meses é apontada pelo setor como um dos fatores preponderantes para o atual momento da indústria, apesar dos grandes esforços empenhados em manter o equilíbrio das exportações. José Fernando Bello, presidente executivo do CICB, destaca que medidas tomadas a partir do poder executivo poderiam atenuar essa situação, como o retorno do Reintegra (programa que devolve resíduo tributário para empresas exportadoras) e aumento dos limites de financiamento via Proex. “O câmbio adequado é o principal ponto nesta dinâmica. Infelizmente, com o panorama atual, as perspectivas para o segundo semestre do ano não tendem a melhorar“, destaca Bello.

Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás, nesta ordem, foram os estados que mais exportaram em 2016. Os principais destinos foram China / Hong Kong, Itália, Estados Unidos e Vietnã.

Para ver as estatísticas de exportações em julho na íntegra, clique aqui.