A cidade de Bolonha, na Itália, esteve no centro das atenções mundiais da indústria do couro recentemente com a realização de mais uma edição da feira Lineapelle, entre os dias 8 e 10 de outubro. Três empresas brasileiras levaram seus couros ao Centro de Exposições de Bolonha, onde a atividade ocorreu: JBS Couros, Nova Kaeru e OCM Best Brasil.
Os três expositores do Brasil tiveram visitação muito positiva em seus estandes, reafirmando a posição de destaque do país no mercado europeu. Atualmente, a Europa responde por 35% das exportações de couros e peles do Brasil. “A Lineapelle tem mostrado cada vez mais a sua força no mercado europeu, com mais de 1 mil expositores e recebendo um público visitante em grande número e extremamente qualificado”, diz o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, destacando que a participação brasileira na feira deve ser ainda maior nas próximas edições .
Bello esteve em Bolonha e participou também da reunião do International Council of Tanners (ICT, o órgão que reúne as entidades representativas nacionais de curtumes de todo o mundo), que ocorreu em paralelo à Lineapelle. Nesta reunião, foram tratados assuntos ligados ao posicionamento internacional do couro em relação aos materiais sintéticos, atualização do website do ICT (que terá todos os padrões de análise internacional das regras comerciais de couro entre países) e os estudos que estão sendo feitos em relação ao carbon footprint para determinar com precisão os valores gerados nos processos de couros. “A reunião tratou também da organização do próximo Congresso Mundial do Couro, que será em Bolonha, em outubro de 2014, tendo a ANCI (Associazione Nazionale Calzaturifici Italiani) como anfitriã e organizadora”, destaca Bello, lembrando que a última edição do Congresso Mundial do Couro (World Leather Congress – WLC) ocorreu no Rio de Janeiro, em 2011, tendo o CICB como organizador.
No mesmo período, houve ainda uma reunião com importantes países produtores de couros, entre eles Brasil, Estados Unidos e Austrália. O encontro tratou de avaliar as perspectivas de disponibilidades de matéria-prima no futuro e também o posicionamento de preços do couro.
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